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C I Ê N C I A
CIENTISTAS FAZEM REMÉDIOS PARA CÂNCER A PARTIR DE PLANTAS MEXICANAS
1/3/2007
Um grupo de cientistas mexicanos desenvolveu remédios destinados a tratar quatro tipos de câncer a partir de espécies vegetais típicas da região, como o feijão-preto, o milho e a agave, informaram nesta sexta-feira os pesquisadores.
A pesquisa foi realizada no Centro de Biotecnologia do Instituto Tecnológico de Monterrey (norte do México) e foi possível após os cientistas descobrirem que a agave, o feijão, o sorgo, o milho colorido e a planta "mahuacata" contêm moléculas que inibem o desenvolvimento das células cancerosas, explicou o diretor do instituto, Moisés Álvarez.
Os medicamentos, concebidos para o tratamento do câncer de colo, mama, próstata e fígado, ainda aguardam autorização para serem comercializados no México e nos Estados Unidos. A previsão é a de que isso ocorra até o final do ano ou começo do próximo, disse Álvarez.
Os remédios também poderão ser utilizados para ajudar pacientes com colesterol alto ou diabetes.
Um grupo de cem cientistas participou da pesquisa, em sua maior parte mexicanos e de outros países da América Latina.
"ROBÔS TERÃO INTELIGÊNCIA HUMANA EM 20 ANOS", DIZEM ESPECIALISTAS
21/2/2008
Em 20 anos, os robôs poderão ser tão inteligentes quanto os humanos, segundo projeções de especialistas da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
De acordo com os especialistas, reunidos neste fim de semana nos Estados Unidos para discutir os 14 maiores desafios da humanidade neste século, máquinas e humanos poderão "se fundir" num futuro não muito distante.
Para o engenheiro Ray Kurzweil, a humanidade está à beira de avanços antes inimagináveis, como a instalação de robôs minúsculo no cérebro, que o tornariam “mais inteligente e saudável”.
"Nós poderemos ter nanobots (chips) inteligentes que entrariam no cérebro a partir dos vasos capilares e poderão interagir diretamente com nossos neurônios biológicos para melhorar a capacidade de memória, por exemplo", disse ele, em entrevista à BBC.
"Isso é parte da realidade da nossa civilização", disse ele.
O engenheiro acredita que em 2029, a humanidade terá os recursos de inteligência artificial necessários "para que máquinas atinjam a inteligência humana, inclusive a inteligência emocional".
Ray Kurzweil acredita que será possível implantar no cérebro um computador do tamanho de um grão de ervilha para substituir neurônios destruídos pelo Mal de Parkinson.
"A última geração deste implante neural permite que se baixe um software para um computador dentro do cérebro do paciente", explica ele.
"E isso não é um experimento, já é uma terapia aprovada para o tratamento de Parkinson. Isso significa que o estamos fazendo grandes progressos".
Para os especialistas, alguns dos grandes desafios para a humanidade neste século incluem a resolução de problemas com fontes de energia alternativa, o desenvolvimento de realidade virtual, e o acesso à água potável.
CRIADO EMBRIÃO A PARTIR DO DNA DE UM HOMEM E DUAS MULHERES
5/2/2008
Uma equipe de cientistas da Universidade britânica de Newcastle conseguiu criar embriões humanos a partir do DNA de um homem e de duas mulheres.
Os cientistas que participaram da pesquisa acreditam que a nova técnica poderia ajudar, futuramente, na cura de uma série de doenças hereditárias, inclusive alguns tipos de epilepsia e de distrofia muscular, segundo revelou hoje a imprensa britânica.
A descoberta também poderia ajudar a evitar que mães com defeitos genéticos relacionados a essas doenças as transmitam a seus filhos.
A técnica desenvolvida em Newcastle ajudará, segundo seus estudiosos, as mulheres que sofrem de problemas nas mitocôndrias, órgãos minúsculos encontrados nas células individuais e que geram a maior parte de sua energia.
Os defeitos no DNA das mitocôndrias estão na origem de cerca de 50 doenças, algumas fatais.
Uma em cada 6.500 pessoas é afetada por esses males, como problemas hepáticos letais, apoplexias, cegueira, epilepsia, distrofia muscular, entre outros.
Segundo o professor Doug Turnbull, diretor da equipe de Newcastle, seria possível erradicar essas doenças a partir de um "transplante de mitocôndrias" como os efetuados por eles nos embriões.
Os cientistas fizeram experiências com dez embriões anormais, que não serviam para os tratamentos de fertilidade tradicionais.
Horas depois da fecundação, o núcleo, que continha o DNA da mãe e do pai, foi eliminado do embrião e implantado em um óvulo de um doador que teve seu DNA extraído, com exceção da parte de informação genética que controla a produção das mitocôndrias.
Os embriões começaram a se desenvolver normalmente, embora tenham sido destruídos depois de seis dias.
Experiências com ratos de laboratório demonstraram que as crianças com as novas mitocôndrias não são portadoras de informação genética capaz de definir os atributos humanos.
Dessa maneira, um bebê que nascesse graças a esse método teria elementos genéticos dos três progenitores. O DNA nuclear, que influencia o aspecto e outras características do indivíduo, seria dos dois pais "reais" e o DNA mitocondrial, da doadora.
A equipe de Newcastle obteve permissão apenas para realizar os experimentos em laboratório, e alguns grupos pró-vida como o "Comment on Reproductive Ethics" expressaram sua rejeição a esse tipo de experiências que só servem para criar "bebês fictícios".
GRUPO DIZ TER FEITO PRIMEIRO GENOMA ARTIFICIAL
27/1/2008
Nesta toada, a criação de um organismo artificial poderá chegar antes de que se tenha um marco legal definido para tratar do assunto.
Na revista "Science", a equipe do empresário-pesquisador Craig Venter, seis meses depois do primeiro passo, mostra que é possível sintetizar um genoma em laboratório. Mas ainda falta fazê-lo funcionar dentro de um organismo, o que não será nada fácil.
A busca por esse terceiro passo corre em paralelo com a preocupação de muitos cientistas. Para esse outro grupo, misturar nanotecnologia e biologia pode trazer vários riscos, que estão sendo negligenciados.
"Trata-se de um grande avanço tecnológico, uma vez que os DNAs sintéticos obtidos até então eram de no máximo 32 mil pares de bases", disse o biólogo Arnaldo Zaha, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
O genoma artificial da bactéria Mycoplasma genitalium, microrganismo sexualmente transmissível que infecta homens e mulheres, tem 582.970 pares de bases (número de duplas dos "tijolos" essenciais do DNA, a adenina, a timina, a citosina e a guanina, conhecidas pelas siglas A, T, C e G).
No ano passado, em junho, o Instituto J. Craig Venter, em Maryland (EUA), havia conseguido transplantar um genoma. Eles usaram duas espécies diferentes do mesmo gênero Mycoplasma no experimento.
"Possivelmente eles vão usar esse transplante para testar o genoma sintético", afirma Zaha, que coordenou um projeto genoma de bactéria no Brasil.
NOVO REMÉDIO CONTRA A AIDS É APROVADO NOS EUA
20/1/2008
As autoridades da saúde dos Estados Unidos deram seu sinal verde para um novo medicamento contra a infecção do vírus de imunodeficiência humana (HIV) em adultos.
A Administração Federal de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) informou em comunicado que o medicamento, chamado Etravirine, é recomendado para pacientes que não apresentaram resultados com outros tratamentos anti-retrovirais.
Acrescentou que a autorização foi emitida depois de se observar uma atividade anti-HIV contra cepas mutantes que resistem a outros tratamentos.
"Este é outro importante produto para muitos pacientes com a infecção do HIV que não respondem aos medicamentos disponíveis", disse Debra Birnkrant, diretora da Divisão de Produtos Antivirais da FDA.
A FDA assinalou que os efeitos colaterais mais comuns do medicamento são reações de pele e náuseas.
CIENTISTAS ENCONTRAM 11 NOVAS ESPÉCIES DE ANIMAIS E VEGETAIS
Entre as espécies estão três salamandras; uma que mede apenas três centímetros
Uma das espécies de salamandra encontrada tem hábitos noturnos
04/01/2008
LONDRES - Cientistas do Museu de História Natural de Londres encontraram 11 novas espécies animais e vegetais em uma reserva florestal na Costa Rica.
As espécies incluem três tipos de salamandras e estavam entre as cerca de 5 mil plantas e animais registrados pelos cientistas durante três expedições à América Central.
Duas das espécies de salamandras são noturnas, do tipo bolitoglossa, e a terceira é uma espécie de salamandra "anã", que mede apenas três centímetros.
Com as descobertas, sobe para 43 o número de espécies de salamandra conhecidas na Costa Rica.
Os animais se alimentam de insetos e vermes e moram na água ou em áreas úmidas. Eles normalmente se alimentam à noite e se escondem durante o dia, hibernando durante o inverno.
Há cerca de 300 espécies de salamandras conhecidas no mundo, a maioria no hemisfério norte, mas houve poucas novas descobertas desde 1998, quando cinco novas salamandras foram encontradas na região tropical do centro-leste do México.
As novas espécies habitam o parque nacional La Amistad, na fronteira entre a Costa Rica e o Panamá, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco.
Também foram descobertas duas novas espécies de sapos e seis de plantas.
"Encontrar tantas novas espécies em apenas uma área é excitante, particularmente porque este é, provavelmente, o único lugar do mundo em que podemos encontrar esses animais", disse o líder do projeto, Alex Monro, do Museu de História Natural.
"Isso mostra que ainda temos muito que aprender sobre a variedade da vida selvagem nesta região. Temos outras quatro expedições planejadas para este ano. Quem sabe o que podemos encontrar quando voltarmos?"
O parque nacional La Amistad tem poucas estradas e um terreno irregular, e por isso permanece largamente inexplorado.
Cientistas acreditam que a região é um centro de diversidade para esses anfíbios. Acredita-se que ela abrigue cerca de dois terços de todas as espécies nativas da Costa Rica, inclusive centenas de pássaros, mamíferos, répteis e outros anfíbios, e milhares de plantas.
As novas espécies serão nomeadas e catalogadas por cientistas da Universidade da Costa Rica. O Museu de História Natural está trabalhando junto a cientistas e membros do governo costarriquenho e panamenho no projeto, financiado pela Iniciativa Darwin, do governo britânico, para promover a conservação da biodiversidade. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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